Oswaldo Cruz
O médico e cientista Oswaldo
Gonçalves Cruz nasceu em São Luís do Paraitinga (SP), em 5 de agosto de 1872.
Filho de Bento Gonçalves Cruz e Amália Bulhões Cruz. Sua família se transferiu
para o Rio de Janeiro em 1877 e, na capital, estudou no Colégio Laure, no
Colégio São Pedro de Alcântara e no Externato Dom Pedro II. Graduou-se na
Faculdade de Medicina do Rio de janeiro em 1892, apresentando a tese de doutoramento.
Seu interesse pela microbiologia
levou-o a montar um pequeno laboratório no porão de sua casa. O jovem médico e
cientista teve que empreender uma campanha sanitária de combate às principais
doenças da capital federal: febre amarela, peste bubônica e varíola. Para isso,
adotou métodos como o isolamento dos doentes, a notificação compulsória dos
casos positivos, a captura dos vetores – mosquitos e ratos, e a desinfecção das
moradias em áreas de focos. Utilizando o Instituto Soroterápico Federal como
base de apoio técnico-científico, deflagrou campanhas de saneamento e, em
poucos meses, a incidência de peste bubônica diminuiu com o extermínio dos
ratos, cujas pulgas transmitiam a doença. Ao combater a febre amarela, na mesma
época, Oswaldo Cruz enfrentou vários problemas. Grande parte dos médicos e da
população acreditava que a doença se transmitia pelo contato com as roupas,
suor, sangue e secreções de doentes. No entanto, Oswaldo Cruz acreditava em uma
nova teoria: o transmissor da febre amarela era um mosquito. Assim, suspendeu
as desinfecções, Sua atuação provocou violenta reação popular.
Em 1904, a oposição a Oswaldo Cruz atingiu seu
ápice. Com o recrudescimento dos surtos de varíola, o sanitarista tentou
promover a vacinação em massa da população. Os jornais lançaram uma campanha
contra a medida. O congresso protestou e foi organizada a Liga contra a
vacinação obrigatória. Em 1908, em uma nova epidemia de varíola, a própria
população procurou os postos de vacinação.
Em 1908 o sanitarista foi
recepcionado como herói nacional e, no ano seguinte, o instituto passou a levar
seu nome. Com a equipe do Instituto Oswaldo Cruz (IOC) fez o levantamento das
condições sanitárias do interior do país. Em 1913, foi eleito para a Academia
Brasileira de Letras. Em 1915, por motivos de saúde, abandonou a direção do
Instituto Oswaldo Cruz e mudou-se para Petrópolis. Eleito prefeito daquela
cidade, traçou vasto plano de urbanização, que não pode ver construído.
Sofrendo de crise de insuficiência renal, morreu a 11 de fevereiro de 1917, com
apenas 44 anos.
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