Amor à Liberdade ou um ato bruto?
Amor à liberdade ou apenas um ato bruto?
Em seu diário, Charles Darwin fez muitas anotações. Há relatos de um
jovem naturalista apaixonado pela diversidade da flora brasileira, mas também
há relatos de um jovem um tanto quanto furioso pela situação de escravidão que
assolava o Brasil.
A viagem do inglês durou por volta de 5 anos e além dele encontrar
coisas que o deixaram maravilhado, ele encontrou situações que o deixaram
revoltado. Quando chegou ao Rio de Janeiro, onde permaneceu por 4 meses, Darwin
presenciou cenas macabras de tortura, que marcavam uma época de escravidão,
vale ressaltar que Darwin veio de uma família antiescravagista, mas nunca tinha
assistido a situação tão de perto.
Em uma visita a uma fazenda na Lagoa de Maricá ele ouviu uma história, a
qual se faz presente em seus relatos: Um grupo de capatazes teria ido em busca
de escravos fugitivos, que quando encontrados, todos acabaram por se render,
encurralados por um precipício, exceto uma mulher, já senhora de idade que
preferiu se jogar do precipício, para a morte. “Praticado por uma matrona
romana, esse ato seria interpretado e difundido como amor à liberdade”, disse Darwin.
“Mas da parte de uma pobre negra, se limitaram a dizer que não passou de um
gesto bruto.”
Foto Ilustrativa retirada do Google: Quilombo do Grotão - Niterói RJ
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Infelizmente esse ato se assemelha mais a um ato de desespero, gerado por uma vida de opressão em que talvez a única chance de escolha que essa senhora teve foi esse, em que ambas escolhas o resultado era a falta de liberdade...
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